sexta-feira, novembro 30, 2007

sabe convergência adaptativa?

um é caixa de som, a outra é luminária.












o portal sagrado do templo feminino

the velvet vulva:
A line of fine purses and magickal bags


Naturally, what you put in your
Velvet V can have tremendous symbolic and magickal significance.
Each has sumptuous fabric labia and a beautiful button clitoris.

As in life, Velvet Vs come in various sizes, shapes, and styles.
"You will know when you have found a good fit!"



adoro essas coisas singelas. imagina que lindo um casamento em que as alianças são levadas numa almofadinha assim? fo-fo!


formas de resistência

Forms of Resistance
Artists and the desire for social change from 1871 to the present.


essa é uma exposição que está em cartaz no van abbemuseum, em eindhoven, holanda, até o dia 06 de janeiro.

ela mostra como a resistência se repete e não se limita a problemas sociais locais. a base são quatro acontecimentos históricos: a comuna de paris (1871), a revolução russa (1917), a primavera de praga (maio de 68) e o mundo pós queda do muro de berlin (1989).

os movimentos artísticos costumam ter a participação de pessoas com preocupações sociais, mesmo que depois, muitas vezes, essa questão se perca (por n motivos). o futurismo, o construtivismo, a bauhaus são alguns exemplos. em outros casos os artistas trabalham sozinhos, não fazendo parte de organizações.

artistas e designers gráficos tiveram grande participação na propagação de diversas formas de resistência, sendo idealistas, anarquistas, ativistas do submundo em variados momentos da história contemporânea.



eu quero ir pra holanda!

quinta-feira, novembro 29, 2007

la lengua de las putas!

ilustra do adão iturrusgarai
fsp, 28/nov/2007


a folha ontem fez uma matéria sobre o portunhol salbaje. dá pra ler no jornal online, aqui.

acho que faltou citar o wander wildner. mas vou fazer minha contribuição, com a letra de uma música fofa e romântica. con ustês...

Ustê

Despues dy ter estado muchas vezes friente a friente com la muerte
Y dy ter magoado muchas personas das que mas se dedicaran a mi
Yo resolvi que precisaba hacer algo!

Yo preciso esquecer toda las cosas mas que aconteceran entre mi y uste, y uste, y uste
Yo preciso esquecer toda las cosas buenas que aconteceran entre mi
y uste, y uste, y uste


Si non el mundo va se quedar por cima de mi cabeça
Y no vai haver guarda-chuva pra impedir que esto aconteça


dora drimalas

mais trabalhos dela aqui


quarta-feira, novembro 28, 2007

pink macgyver

ladies tools online: a pink macgyver mór!

First and foremost we care about you feeling safe in your home. Home is one place where you should never feel threatened or uncomfortable when thinking about security. We provide you with the tools necessary to take the security of your home into your own hands. We are tired of women walking into a Sears or Lowe’s and being treated like children when looking for tools. We don’t believe that the tool aisle is for men only. Women have the same abilities and possess the same skills, but in most cases are not given the opportunity to put these skills to use. Some women walk away in dismay because they are not taken seriously. Here at LadyToolZone we will provide you with not only the tools necessary to install safety devices in your home, but we will provide you with the knowledge.

é impressionante como nos eua qualquer dificuldadezinha vira oportunidade para criação/venda/consumo de novos produtos.

e tem uns kits filhotinhos em milhares de outros outros sites. aqui estão alguns:


entre outras coisas:
- removedor de esmaltes
- tarrachinhas para brincos (essencial!)
- brilho de lábios
- lencinhos pra lustrar sapato
- kit para primeiros socorros de roupas
- fita dupla face
- fio dental
- band-aid
- analgésico






- lanterna
- linha e agulha
- lixa de unha
- tesourinha
- porta remédio
- espelho
- pinça
- porta perfume







- fone stereo, pode ser utilizado em rádio, mp3 e cd player
- quatro brilhos para lábio
- aplicador
- espelho











- cobertor
- lanterna
- gaze
- manual para trocar pneu e carregar bateria
- lista de telefones de emergência
- lápis
- água
- chocolate
- desodorante
- ob

e mais um monte de coisa

kirsten hassenfeld

a primeira vez que eu soube da existência dessa artista foi numa exposição no ps1, chamada greater new york 2005. os trabalhos dela foram alguns dos que me chamaram a atenção.
desde então, vira e mexe eu vejo notícias sobre ela, como aconteceu hoje, qdo eu caí nesse blog aqui.

atualmente kirsten hassenfeld está expondo seus trabalhos na rice gallery, em houston, texas.
no site da galeria tem um resumo da obra da artista:

Kirsten Hassenfeld’s translucent sculptures have been characterized as "extravaganzas of the handmade." Since 1999, Hassenfeld has used paper, the most ordinary of materials, to create ornate, obsessively detailed objects that reference luxury goods, classical architecture, and decorative arts. Described by Hassenfeld as "dreams on the edge of vanishing," her ethereal sculptures explore her own fantasies of abundance and plenty.


na cereal art, especializada em vender objetos tridimensionais criados por artistas, tem uma caixinha de jóias linda que ela fez. a idéia é legal: produzir os objetos em série para vender arte a um preço mais acessível. o problema é que esse " " acessível é meio relativo: a caixinha de jóias custa a bagatela de 400 dólares.

ah, mas é linda!
e quando abre toca i´m sticking with you, do velvet underground, enquanto os cisnes ficam rodando!



começa na segunda-feira:


dica da gabi - [RED] act:

na próxima segunda, dia 3 de dezembro, a rádio UFMG Educativa - 104,5 FM ( em Belo Horizonte) - coloca no ar um projeto inovador de aproximadamente 15 minutos, pra falar só de blues.

O programa “Barbearia de Blues”, produzido e apresentado, pela jornalista Cristina Castro, contará sempre com 2 ou 3 músicas, além de curiosidades sobre o gênero e seus maiores representantes.

Contando com a ajuda de amigos músicos bluseiros de Belo Horizonte e, através de pesquisas, a Cristina, além de fã, é também grande conhecedora do assunto, o que só contribui para a qualidade do programa, que é uma tentativa de aumentar os apreciadores do gênero musical na capital mineira.

Contando com a ajuda de amigos músicos bluseiros de Belo Horizonte e, através de pesquisas, a Cristina, além de fã, é também grande conhecedora do assunto, o que só contribui para a qualidade do programa, que é uma tentativa de aumentar os apreciadores do gênero musical na capital mineira.

rádio ufmg educativa: 104,5 fm e online.
de segunda a sexta, 23h.
reprise às 2 da manhã.

terça-feira, novembro 27, 2007

piratão


mais uma vez volto a tocar no assunto aqui

a idéia de propriedade existe a partir do momento em que as coisas têm valor de troca. isso é meu, aquilo é meu tb. talvez alguma coisa seja sua. e um milhão de unidades dessa coisa que talvez seja sua podem ser trocadas por 1 das minhas coisas.
alguém criou, alguém produziu, alguém vendeu, alguém comprou.
isso funcionava razoavelmente bem quando as coisas eram palpáveis, visíveis, em três dimensões.

(eu nem vou entrar na questão da propriedade, da justiça e da metafísica envolvidas. não hoje.)

houve a revolução industrial, o desenvolvimento dos mercados, a criação de consumidores.

em 1883, na convenção de paris, foi definido o conceito de propriedade industrial: o conjunto de direitos que compreende as patentes de invenção, os modelos de utilidade, os desenhos ou modelos industriais, as marcas de fábrica ou de comércio, as marcas de serviço, o nome comercial e as indicações de proveniência ou denominações de origem, bem como a repressão da concorrência desleal.

e em 1886 foi a vez da convenção de berna discorrer sobre os direitos autorais: são as denominações usualmente utilizadas em referência ao rol de direitos outorgados aos autores de obras intelectuais (literárias, artísticas ou científicas). Neste rol encontram-se dispostos direitos de diferentes natureza. A doutrina jurídica clássica coube por dividir estes direitos entre os chamados "direitos morais de autor" (direitos da personalidade) e aqueles de cunho patrimonial.

já vou avisando que não sou expert em direito, nem quero ser: estou apenas defendendo um ponto de vista no blog.

a sociedade mudou desde que essas convenções estabeleceram parâmetros pra definição da autoria/propriedade. todo mundo sabe, eu não preciso repetir a historinha que todo mundo já sabe. é blablabla.

não vejo diferença entre uma bolsa dior original e uma falsificada. não faz a menor diferença pra mim. e como dizia minha ex-orientadora, é difícil saber quem é pior: a pessoa que compra a original ou a que compra a falsa. estão em busca de " " status do mesmo jeito. a original não é melhor SÓ por ser original. blablabla.

os meios mudaram, os valores (mais ou menos) mudaram e as leis continuam se baseando em decisões de 120 anos atrás. blablabla.

li isso hj:

Law Review Article on the Problems with Copyright

Excellent article by John Tehranian: "Infringement Nation: Copyright Reform and the Law/Norm Gap":

By the end of the day, John has infringed the copyrights of twenty emails, three legal articles, an architectural rendering, a poem, five photographs, an animated character, a musical composition, a painting, and fifty notes and drawings. All told, he has committed at least eighty-three acts of infringement and faces liability in the amount of $12.45 million (to say nothing of potential criminal charges). There is nothing particularly extraordinary about John’s activities. Yet if copyright holders were inclined to enforce their rights to the maximum extent allowed by law, he would be indisputably liable for a mind-boggling $4.544 billion in potential damages each year. And, surprisingly, he has not even committed a single act of infringement through P2P file sharing. Such an outcome flies in the face of our basic sense of justice. Indeed, one must either irrationally conclude that John is a criminal infringer -- a veritable grand larcenist -- or blithely surmise that copyright law must not mean what it appears to say. Something is clearly amiss. Moreover, the troublesome gap between copyright law and norms has grown only wider in recent years.

The point of the article is how, simply by acting normally, all of us are technically lawbreakers many times over every day. When laws are this far outside the social norms, it's time to change them.


é isso aí: mesmo sem perceber, sem querer, todo mundo infringe as leis várias e várias vezes ao dia. eu, por motivos pessoais, não tenho baixado músicas nem filmes. mas quando puder, vou voltar a baixar sim.
uso ao máximo os programas open source.
boicoto sites que não abrem no firefox.

e acredito num mundo cor de rosa em que a execução de leis não é condicionada a interesses mercadológicos.

minimiam

akiko ida é japonesa, pierre javelle é francês.
ela sempre gostou de gastronomia.
ele sempre gostou de desenho e ilustração.
os dois se conheceram num curso de fotografia em paris.

o site deles, minimiam, é lindo!


uoréver



ainda em singapura
anything / whatever


segunda-feira, novembro 26, 2007

singapura é logo ali!

ai se eu fosse rica...

ia pra nyc amanhã.


Situated at the intersection of commerce and culture, design is a field of activity that touches the lives of everyone. Its role as an aesthetic, social and economic force is the subject of increasing attention: Mainstream news outlets, the business press and lifestyle magazines routinely cover design, and it is the focus of major exhibitions and even entire museums. Yet, while forums for design commentary have increased, there is a crucial need for more intellectually rigorous approaches to design criticism.


maiores informações aqui e aqui.

para doações, favor entrar em contato comiga mesma :)

diseño merricano


NEL is a collective of designers who join forces to explore, through concept and form, the interaction in design between traditional materials and techniques, and new processes or unusual applications.



A rug shaped after the map of Iraq features soldiers advancing from many direction into Bagdad. Through newspapers and television, the image of Iraq is continuously depicted with graphics similar to board games and action figures, giving it a game-like dimension which somehow shifts the character of the war. The rug, with cute little felt soldiers walking on a soft and warm surface, denounces this confusion, and the way in which the tragic reality of war is somehow diluted by using these images.


Three characters disappear from large, solid white blocks, and their absence suddenly makes them important. The resulting emptiness is filled with the user's belongings and through this action the silhouettes' meaning shifts. The pieces suggest a continuous play between interaction and representation, where daily use generates a continuously changing story: a cat that reads Italo Calvino, a book filled with coins, a living room where birds come to eat the cake's crumbles…

domingo, novembro 25, 2007

schizophrenic design conversation

maravilhoso! genial!

essa imagem faz parte da animação feita por seton beggs no seu projeto de graduação na design academy eindhoven, no ano passado. é lindo, lindo, lindo!


sinceramente eu não imagino um estudante brasileiro de design fazendo esse tipo de trabalho, por dois motivos principais:

- as escolas de design brasileiras não se baseiam em textos, não pensam o design, não estimulam o pensamento crítico nos estudantes. e os alunos também não se interessam em ler e estudar sozinhos. generalizo porque sei que é assim.

- SE por acaso um aluno quisesse apresentar um trabalho mais conceitual e crítico, falando do processo do design e do que ele representa na sociedade, seria imediatamente repelido ou, na melhor das hipóteses, ignorado, por 99,999999% dos professores, muito mais voltados ao " " mercado.


gostei tanto dessa animação que entrei em contato com o seton beggs, que retornou rapidinho e foi suuuper simpático!


junto com uma colega da faculdade ele desenvolveu um site chamado fiska, que é um tipo de projeto paralelo para divulgação dos seus trabalhos em design gráfico, de animação e de produto. e são muito bons, divertidos e críticos! vale muito a pena dar uma passeada no site.


e vou continuar vendo a conversa esquizofrênica sempre!

sábado, novembro 24, 2007

how well do you know your world?

há uns dias conheci esse jogo, não me lembro como, e adorei.
hj aproveitei o dia pra jogar mais um pouquinho.
é <3 viciante <3 !!!

resolvi, então, procurar no etsy coisinhas feitas com mapas. tem um milhão de opções, a maioria botons. mas tem alguns trabalhos interessantes:


inspirado na música coffee for the road, do bob dylan


feito com uma reprodução de uma mapa de 1600 e alguma coisa


a partir de transatlanticism, do death cab for cuties

sexta-feira, novembro 23, 2007

objetos: vícios


Narciso no país das maravilhas

A maioria dos objetos são drogas: satisfazem um anseio parecido com o do toxicômano

ESSE É o subtítulo de um estudo publicado recentemente (2006) pela Routledge, "The Self Psychology of Addiction and its Treatment" (a psicologia-do-self da adicção e de seu tratamento). Os autores, Richard Ulman e Harry Paul, são psicanalistas (da psicologia do self, a escola de Heinz Kohut), terapeutas de toxicômanos e eles mesmos drogadictos em remissão.

O estudo, embora estritamente clínico, propõe uma visão da toxicomania que, ao meu ver, vale como interpretação geral da modernidade. Explico.

Na laboriosa tentativa de encontrar um lugar no mundo, cada um de nós se alimenta de duas fontes: 1) as aspirações, as normas e os brasões transmitidos por nossos ascendentes, coisas que podem nos dar a sensação de que temos uma missão na vida; 2) o amor, mais ou menos incondicional, que nos acolhe e agasalha nos primórdios de nossa existência permitindo, aliás, que ela vingue.

Em suma: legados paternos e cuidados maternos (é óbvio que qualquer um pode fazer função de pai ou de mãe).

Ora, na modernidade, bebemos sobretudo na segunda fonte. Por isso, somos todos narcisos, ou seja, mais preocupados em sermos gostados, amados e admirados pelos outros do que com deveres e princípios.

Problema: em geral, o modelo do amor graças ao qual seríamos "alguém" (que sempre significa "alguém muito especial") é o momento em que, pendurados ao peito materno, ou melhor, com a mãe pendurada aos nossos lábios, estaríamos ao centro de um mundo controlado por nós: basta chamar, chorar etc. para que ela apareça e nos faça felizes.

Logicamente, com esse sonho narcisista encravado no nosso âmago, torna-se difícil lidar com separações, frustrações etc. E, infelizmente, o mundo é um pouco mais cruel do que a mãe-padrão e sempre muito mais cruel do que a mãe mítica e escrava que gostaríamos de ter tido.

Como aprendemos a encarar perdas, danos e fracassos?

Quem lia as tiras de Charlie Brown, de Charles Schultz, deve se lembrar do cobertor que Linus carregava sempre consigo: quando as coisas não iam bem, ele agarrava o cobertor e chupava o dedo; era seu jeito de reencontrar, momentaneamente, a felicidade perdida. O cobertor de Linus é um exemplo perfeito do que D. W. Winnicott, um grande psicanalista, chamou de "objetos transicionais": são objetos inanimados, mas que representam um amor do qual não conseguimos ainda nos separar.

Eles funcionam como o lápis entre os dentes do fumante que quer parar de fumar: não substitui o cigarro, mas, na luta para deixar o vício, oferece conforto nas crises de abstinência. Ou como a mamadeira da noite quando o desmame acabou há tempos, mas ainda bate, digamos assim, uma "nostalgia amorosa".

À força de brincar com cobertores e chupetas, a gente deveria aprender a 1) dispensar cobertores e chupetas, 2) lidar com a precariedade da presença e do amor dos outros. Mas não é tão simples assim, até porque, nessa tarefa, o mundo não nos ajuda. Narciso vive no país das maravilhas, diante de uma imensa vitrina de objetos que nos prometem o seguinte: ao alcançá-los, ganharemos o amor, a admiração e (por que não) a inveja de todos. E alcançá-los é fácil -basta comprar: chocolate, relógios, charutos ou pacotes de férias.

Quem precisa de amores incertos com pessoas de verdade ou de objetos "transicionais" que as representem? Os objetos do consumo são a melhor escolha; sobre eles temos um controle absoluto.

As drogas propriamente ditas oferecem algumas vantagens marginais: são baratas e, graças à crise de abstinência, garantem a ilusão de dominar perfeitamente a alternância de insatisfação e contentamento. Mas, na verdade, para Narciso no país das maravilhas, qualquer objeto de consumo serve.

Poderia ser o melhor dos mundos, se não fosse por dois detalhes. 1) Se hesito entre um carro e uma amizade ou um amor, é bem provável que minha experiência afetiva seja miserável; 2) se espero a felicidade dos objetos, desaprendo a agir e a desejar. No próximo domingo é a primeira fase da Fuvest, e passei o ano dormindo no cursinho? Não é o caso de me desesperar, vou para o shopping comprar um sapato simplesmente "divino".

Agora, falando sério, por que se opor à liberação das drogas? Afinal, a maioria dos objetos em venda livre satisfaz, no fundo, um anseio parecido com o do toxicômano. Relaxe e goze...


ccalligari@uol.com.br

quinta-feira, novembro 22, 2007

i´m a terrible person



sim, é aquela música bonitinha da propaganda daquele perfume.
(a banda chama rooney)


wired

quarta-feira, novembro 21, 2007

nice dream, nice dream



ela, não sei porque, estava na minha casa e participava de um tipo de reality show.
ia tomar banho. e esse banho seria televisionado.
mas o banheiro era o do apto de uma tia, em juiz de fora: aquecedor a gás.

era minha visita. minha convidada.
como ela entendia muito bem de física, imaginei que não precisava de explicações sobre o funcionamento do aquecedor, apesar da insistência da minha mãe.

fui acompanhar o programa pela tv, junto com o resto da família.
na mesma hora vi que uma coisa muito errada aconteceria. e aconteceu.
ao vivo, milhares de pessoas viram o aquecedor explodir e ela virar fumaça.

eu não sabia o que fazer, fiquei desorientada. sabia que o marido dela ligaria a qualquer momento. ele também deveria estar acompanhando o programa.

fui pro banheiro.
no lugar onde ela estava, um monte de pó. era tipo serragem, meio dourada.
lembro que eu soprei um pouco desse pó que estava por cima de um armarinho.

chega minha mãe e vê aquele monte de pó no canto.
saiu do banheiro e voltou com um pote, daqueles de sorvete, cheio de água. e foi colocando todo o pó nesse pote, misturando com a água. falava: "ainda dá tempo, ainda dá tempo".
de repente, ela me deixa com a mistura e vai buscar alguma coisa: "coitada, vai sentir muita dor". (*)
voltou com um vidro de algum remédio. acho que era uma combinação de analgésico com calmante. e virou o conteúdo no tal pode.


não sei como, ela voltou a ser formar. pedaço por pedaço.
até que parou.

mas ela estava menor do que antes.

maior que uma anã, mas menor que seu tamanho original.


e eu lembrei do pó que eu tinha soprado.
era uma parte dela.

mas fazer o que? inês era morta.
não, não era.
mas também, não era inês mesmo.


o celular dela começou a tocar. era o marido.
passei o telefone pra ela e os dois conversaram calmamente.
não se importaram com a falta de alguns centímetros.






(*) essa parte eu acho que é culpa do douglas adams.

você sabia...


- que a criação de animais para consumo é a principal causa da destruição de florestas tropicais e a consequente extinção de espécies?
- que esses animais liberam, juntos, mais daqueles gases (que contribuem para o efeito estufa) que os meios de transporte?
- que o esterco é responsável por dois terços da emissão de amônia e óxido de nitrato, que formam as chuvas ácidas?
- que o pisoteamento dos animais em pastos é um componente do processo de desertificação dos solos?
- que os hormônios, antibióticos, pesticidas e outros produtos químicos utilizados na criação e manutenção dos gados produzem quantidades enormes de poluição, que vão parar nos rios e mares?
- que a seleção de bactérias super-resistentes é, em parte, provocada pela utilização dos (mais uma vez) antibióticos utilizados em gados criados de forma intensiva?

a pesquisa que chegou a essas conclusões está disponível aqui. as fontes, os dados, está tudo especificado. alguns estudos estão disponíveis online, na parte de references.


essa semana foi lançada na inglaterra, pela viva!, a campanha 'hot'. o objetivo é mostrar como a mudança na alimentação pode contribuir para a diminuição do aquecimento global.

aquela coisa: se cada um fizer a sua parte.....

terça-feira, novembro 20, 2007

sex design

luxo?
Welcome to Jimmyjane – where naughty is nice, sexy is smart, and the pleasure’s in the details. With our blend of sophisticated design, superior craftsmanship and a twist of whimsy, me make what we love – massage candles, luxury vibrators, designer sex toys and more, which make the perfect gift for her.



orgânico?
Yes combines all the power of a high performance premium lubricant with all the security of a certified organic product.







esperança?
Our intimate toys are free form pthalates and PVC, which release potentially harmful toxins absorbed by lipids in our bodies, and are present in the majority of mass-produced adult toys on the market. We choose products made with medical grade silicon or other safe alternatives instead. We hope that one day, governments will impose laws against the use of these plastics in the manufacture of adult toys, as they did in 2005 for the children´s toy industry.




companhia?
Whether you´re jetting across the world or simply allowing your eyes to travel down the leght of the bar, Mile High Kits are indispensable erotic accessories.










perigo?
A study in 2000 by German chemist Hans Ulrich Krieg found that 10 dangerous chemicals gassed out of some sex toys available in Europe, including diethylhexyl phthalates. Some had phthalate concentrations as high as 243,000 parts per million -- a number characterized as "off the charts" by Davis Baltz of the health advocacy group Commonweal. "We were really shocked," Krieg told the Canadian Broadcasting Corporation's Marketplace in a 2001 report on the sex-toy industry. "I have been doing this analysis of consumer goods for more than 10 years, and I've never seen such high results."


limpo e confortável?

Good Vibrations is a diverse, woman-focused retailer providind access to sex-positive products and accurate sex information through our clean and comfortable stores, catalog, and web site in order to enhance our costumers´sex lives and to promote healthy attitudes about sex.





contemporâneo?










LELO is a Sweden-based company, founded in 2003, devoted to the design and development of sensual pleasure objects with contemporary luxury flair.

We strive to make available high-quality alternatives to existing sex products, without taboos or prejudice, arousing and stimulating for both users and their partners.


By blending fashion, femininity, engineering a
nd design, our aim is to create objects not just functional, but seductive in their own right. Lust objectified to inspire a positive and confident sexuality.


multiuso?











Sue Johanson is one of the US leading figures in sexual health, lifestyle and trends. The Cone has
already appeared twice on her show Talk Sex and her sex-toy researcher predicts that it will be the most talked about vibrator of the year. Her tester was blown away with our product too. Sue Johanson then sung our praises again on Playboy Radio. We love you Sue!


sutil?
The erotic, intimate scent of an irresistible woman… The precious, vaginal odour filled into a small glass phial. The phial is shaken gently, only a tiny amount of the precious, organic substance is applied to the back of the hand.. And the irresistible smell that exudes from a sensuous vagina immediately intensifies your erotic fantasies and the film starts rolling in your head…

Vulva Original is not a perfume. It is a beguiling vaginal scent which is purely a substance for your own smelling pleasure.

Breathe in and enjoy, anytime, anywhere, the odour of a beautiful woman.





afinal de contas, tudo é consumível, não é mesmo minha gente?


separados no nascimento












a cadeira é projeto do ron arad.
o conchiglioni já deve ser domínio público :)


segunda-feira, novembro 19, 2007

para amélias pós-modernas - 2


aspirador de pó
issey miyake + dyson
disponível aqui


auto-nível

cash advance

é só não escrever em inglês!

daft bodies - ótimo!



robô rebola?



domingo, novembro 18, 2007

tá vendo?

Morchella esculenta - acho lindo!


a jena falou disso em junho.
eu, que já tinha reparado tb, falei no dia seguinte aqui.

e na quinta-feira, dia 15 de novembro, o designboom constatou: cogumelo é tendência.

hj teve arroz à piemontesa no meu almoço :)

para amélias pós-modernas

belOga, a máquina de costura de kristine brückner



flexible distance, a máquina de lavar de simona iuculano



toast messenger, de sasha tseng


a dúvida: só mulheres desenvolvem eletrodomésticos?

sábado, novembro 17, 2007

lol fóquiú

sabe baby talk?
miguxês?


agora existe tb o lolcode.
é todo um processo de desconstrução da linguagem. suuuuuper complexo. podemos até dizer que se trata da comunicação entre texto e imagem, um completando o outro semioticamente, já que, aparentemente, a disseminação acelerou a partir daqui, com a interação desse novo idioma e fotos de gatos: são os lolcats.

a microsoft já foi contaminada: em agosto, na austrália, anunciou o apoio a essa nova linguagem.

a bíblia já está em processo de tradução. e como é em wiki, vc tb pode participar!

entre no lolinator e veja seu blog transformado. é a revolução: a lolweb 5.0.

sexta-feira, novembro 16, 2007

barbies @ etsy

pra quem não conhece, o etsy é um site para compra e venda de artigos feitos à mão. o mercado de artesanato nos eua é mto rentável e lá quem faz esse tipo de coisa não é, necessariamente, hippie.

faz tempo que eu penso em fazer posts específicos sobre as coisas que eu vejo no etsy. tem de tudo, mas de tuuuudo mesmo.

pra começar, um símbolo da cultura norte-americana: a barbie.
claro que ela está no etsy. na maior parte em roupas e acessórios pra ela.

mas dois trabalhos chamam bastante atenção.

o primeiro é uma série de fotos no estilo csi feito pela wildemoon:

o assassinato da barbie


e o outro são jóias feitas com partes da boneca. lembra aqueles ex-votos, meio kitsch, meio estranho, mas agora já acho que a margaux lange (ela tem um site/portfólio próprio e um blog, além do etsy) conseguiu chegar a resultados bem interessantes, plasticamente falando:


eu usaria

vivissecção nunca mais

detalhes da programação e mais informações aqui