domingo, outubro 29, 2006

eu li isso outro dia em algum lugar. e vou copiar. foi o mário quintana que disse:
a esperança é um urubu pintado de verde.

eu espero que as coisas boas continuem e que os erros não se repitam.

mas o que eu esperava mesmo é que tudo fosse muito diferente.

uoréver.

o mundo fica menos feliz. notícia aqui.

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vergonha alheia pros candidatos à presidência no debate da globo.
mas, principalmente, pra lívia da novela das 8. pensei que o autor seria bonzinho e a mataria no acidente. mas ele é mau, muito mau. e ela é péssima, terrível. devia enfiar o rabinho entre as pernas e voltar pro videoshow.

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sou a favor da gentileza. DESDE QUE não me venham com perguntas imbecis. entre outras coisas.

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o itaú consegue se superar e me provocar raiva a cada dia.

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pra terminar, um site fofo: http://rosylittlethings.typepad.com/

sábado, outubro 28, 2006

sexta-feira, outubro 20, 2006

nojo.
não consegui ver o debate de ontem por isso.
muito nojo dos dois candidatos, da politicagem e dos joguinhos de poder.

ontem houve pelo menos 10 mortes em acidentes em estradas de mg. um deles mexeu mais comigo pq eu conhecia uma vítima. e o que isso tem a ver com o nojo acima? tudo.

existem 2 possíbilidades para o acidente:
1) a bobina não estava presa corretamente ou
2) a bobina estava presa mas se soltou por causa de um calombo na estrada.

considerando a hipótese (1): pq a bobina não estaria presa da maneira correta? simples. porque não há fiscalização nas estradas nem em lugar nenhum. e mesmo se houvesse, isso não seria problema pq, como é sabido, impunidade é o que há. maneiras de se fugir das responsabilidades não faltam.

no caso da hipótese (2): todo mundo sabe o estado horroroso em que as estradas se encontram, com algumas poucas exceções. viajar de carro ou de ônibus é atividade de alto risco. e então numa estrada já com fama de perigosa, num trecho especialmente mais perigoso ainda, há um calombo. [particularmente, eu acredito que um caminhão que transporta duas bobinas totalizando mais ou menos 30 toneladas, deva trafegar em velocidade bastante baixa. nesse caso o tal do calombo não representaria taaaaaaaaanto risco assim. mas quem respeita os limites de velocidade?] onde estão os órgãos responsáveis pela manutenção das estradas?

escrevo só hj pq ontem eu estava muito abalada com o que aconteceu.
o velório está acontecendo agora.
como a viúva e a filha adolescente vão ficar?

mas enquanto o mundo explode, dois candidatos a presidência do país se insultam, se ironizam e só pensam no poder. tive muito nojo sim e quase passei mal com os 20 segundos que suportei ver. não vou discorrer sobre as causas e possíveis soluções de todos os problemas do brasil. mas eu me recuso a participar desse joguinho com opções tão medíocres.

o brasil é tão bom quanto o seu voto.

sábado, outubro 14, 2006

preguiça de corrigir o post abaixo pra ficar legível.







Which Depeche Mode song are you?




Enjoy The Silence--Calm and peaceful, you understand just how beautiful silence can be when you're with your loved one..
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domingo, outubro 08, 2006

há uns 2 ou 3 anos tenho procurado uma cor de esmalte.
ontem eu finalmente encontrei e hj passei.
rose bombom, da risqué (dá pra ver aqui).
aprovada!

update:
Rose Bombom – rosa-claro cremoso que lembra o romantismo de Molly Ringwald em “A garota de rosa shocking”. (daqui)

pra encher os olhos:

finding beauty in the very small - aqui.

o que me encantou mas ao mesmo tempo me fez abandonar a biologia.

update de ontem:

(claro que eu dormi antes do filme (a intérprete) chegar à metade.)


mas o que eu realmente queria escrever, o que me deixou muito, mas muito chocada foi o seguinte:

entraram na casa de um meio-parente (na verdade ficaram só na área externa da casa), abriram o viveiro que ele mantinha há muitos anos e mataram pelo menos 2 pássaros.

roubaram algumas coisas que ficavam nessa área aberta e não se sabe se roubaram outros pássaros ou se eles fugiram qdo o viveiro foi arrombado. dos 10 bichinhos, só 3 ficaram - 1 casal que estava chocando e 1 pássaro que não voa (não sei pq).

pra deixar meu raciocínio claro: eu não sou a favor da criação de animais exóticos ou silvestres em cativeiro. cachorro e gato ainda vai. não gosto de jardim zoológico nem de circos com atrações não-humanas (circo legal não tem animal - mais sobre o assunto aqui e aqui). eu entenderia se alguém invadisse a casa e arrombasse o viveiro pra libertar os pássaros, apesar daquele papo de que animais criados em cativeiro não sobreviveriam à liberdade. mas esse não foi o caso.

quem fez o que fez não pensou no bem dos bichos em momento algum. pode até ser que tenham entrado no viveiro pra roubar as aves e revendê-las, já que eram animais exóticos (e eram legalizados, com aprovação do ibama). o que eu não entendo é como alguém pode arrancar o rabo de uma arara e matá-la provavelmente asfixiada. e jogar o corpo na porta da garagem da casa. coisa parecida foi feita com uma calopsita. isso é crueldade das bravas e - não me venham com direitos humanos - quem fez isso merece apodrecer nas cadeias exemplares do nosso país, que é tão bom quanto o nosso voto.

sábado, outubro 07, 2006

- manhã chuvosa de sábado. gostoso ouvir música, fazer coisas no computador e ter o barulho da chuva ao fundo.

- comi, pela primeira vez, no graciliano. dificilmente volto lá tão cedo. não pela comida, mas pelo preço, que chega a ser absurdo sim. vale a pena de veeeeeez em qdo. a sobremesa de banana, especialidade da casa, é o céu. e olha que eu sou chocólatra.

- falei uns 3 ois em cerca de 10 passos. a savassi é isso aí.

- perdeu de mim nas lojas americanas? estou na parte de cosméticos (especificamente de esmaltes e tinta de cabelo) ou na de meias.

- fui ver o penúltimo dia da muriliana e mostrar meu trabalho pra papi e mami.

- <3

- uma coisa que me deixou chocada. (vai ter update provavelmente amanhã. quero ver a estréia do telecine, que começa agora. depois xixi-caminha).

quarta-feira, outubro 04, 2006

páreo duríssimo: regina duarte e sally field.
pânico.

o brasil é tão bom quanto o seu voto!

segunda-feira, outubro 02, 2006

caco galhardo

domingo, outubro 01, 2006

vi e gostei muito.
muito mais do que do texto:


Desorientação e sabedoria


Os críticos repetem antônimos paradoxais para evocar a arte de Kapoor: presença e ausência, ser e não-ser, lugar e não-lugar, sólido e intangível, efêmero e eterno, matéria e espírito... Não há como fugir deles


JORGE COLI
COLUNISTA DA FOLHA

No domingo, dia 17 de setembro, encerrou-se a exposição de Anish Kapoor no Rio de Janeiro. Foi apresentada no Centro Cultural do Banco do Brasil. Havia muita gente, uma multidão lotando as salas. Um público feliz, maravilhado. As obras sugeriam alguma coisa dos efeitos mágicos que se encontram em labirintos de espelhos ou ilusões de ótica nos parques de diversão. Aparentam-se ao "trompe-l'oeil" para subvertê-lo, dando ao que é aparência uma natureza de essência.
No entanto, muito além do divertimento imediato, o espanto dos espectadores vinha nutrido por uma sensação profunda. Há muito tempo que o campo das artes plásticas não oferecia, no Brasil, uma experiência tão essencial.
A obra "Ascension" [Ascensão] foi criada para o grande saguão do edifício: uma coluna de fumaça subia a 36 metros de altura. Era dirigida e modificava-se na textura, na forma, graças a correntes de ar criadas por ventiladores disfarçadamente dispostos. Uma escultura imaterial, paradoxo anti-hegeliano; uma ascese contemplada; uma senda vertical entre o visível e o invisível.
Kapoor é um gênio que explora os cruzamentos da compreensão, intuição e percepção.

Mar
Três paredes altas partiam de um mesmo ângulo. Uma, central, dividia o espaço; devia ser móvel, em sua gênese. Empurrara, para um lado e para outro, toneladas de cera vermelha. Ao fixar-se, a cera aprisionou a parede, que provocara fluxos e refluxos na matéria dúctil, formando pequenas ondas, delicadas como as gravuras de Hokusai [1760-1849, pintor japonês de paisagens, como marinhas e o monte Fuji].
Kapoor ama os paradoxos: aqui, a gênese interrompida e completada, o movimento aprisionado na imobilidade, as vagas moles num mar cor de vinho, num mar incansável, repousando, no entanto.

Lugares-comuns
Os críticos repetem sempre antônimos paradoxais para evocar a arte de Kapoor ("polaridades metafísicas profundamente enraizadas", disse um): presença e ausência, ser e não-ser, lugar e não-lugar, sólido e intangível, efêmero e eterno, matéria e espírito... Não há como fugir deles.

Mágicas
Paredes com grandes umbigos côncavos ou convexos que desaparecem conforme a situação do espectador, deixando um vestígio inefável. Superfícies metálicas brilhantes revelam, em fim de contas, serem buracos (é impossível, nesses casos, falar de "cheios" ou de "vazios", cheios e vazios não dependem da matéria porque se dão como presenças). Os metais são polidos ao extremo.
"O sublime tradicional", diz Kapoor, "tem superfícies mates, profundas e absorventes, e o brilhante pode ser o sublime moderno, que é totalmente reflexivo, absolutamente presente e devolve o olhar".

Trilha
"Estou tentando lidar com o sentido da desorientação, que obriga as pessoas a reajustarem suas vistas, nem que seja por apenas um minuto, de maneira a se reverem a si próprias em relação ao volume, em relação à cor e assim por diante. No coração disso estão as trevas." São palavras de Kapoor, escultor indiano de formação inglesa, nascido em 1954.


jorgecoli@uol.com.br