sexta-feira, abril 07, 2006

na coluna da mônica bergamo, fsp de hj:

Em um debate programado para celebrar uma união de milionários e miseráveis, o rapper MVBill deixou sem resposta o único questionamento dissonante da noite. Era o protesto da socióloga Lúcia Mineiro, que depois contou à coluna que se sentiu "um peixe fora d'água" no lançamento do livro "Falcão - Meninos do Tráfico", assinado por Bill, no luxuoso Terraço Daslu.
Seu discurso:


"Estamos aqui na Daslu, no templo do consumismo! Isso aqui também é responsável pela violência."

(...)

Rosana, líder comunitária que defendeu a Daslu ao microfone após o protesto da socióloga, emocionou as clientes da loja presentes ao encontro. A empresária Verane Murad Lemes Soares, dona da Viação Andorinha (blusa preta Glória Coelho, cachecol Reinaldo Lourenço), chorou.

Verane Murad Lemes Soares - O que essa mulher [Lúcia] falou não tem nada a ver! Misturou consumismo com violência! Estamos aqui num evento tão bonito...

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Eliana Tranchesi também se chateou com a reclamação. "Ela tem que entender que o consumo é bom! Nós, empresários, geramos empregos, pagamos impostos, gente! Não é rico contra pobre!" Eliana, que é investigada por sonegação fiscal, se sente perseguida.


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e na coluna do sérgio rodrigues, nominimo:

Eca

07.04.2006 | Já que o Conselho de Ética está se desmilingüindo por falta de matéria-prima na Câmara, que tal substituí-lo pelo Conselho de Eca?

Eca, como se sabe, é uma palavra profundamente brasileira – o que lhe confere uma vantagem clara sobre “ética”, que tem raízes estrangeiras (gregas), ou seja, suspeitas.

Substantivo feminino e principalmente interjeição, eca designa algo nojento ou exprime o próprio sentimento do nojo, da repulsa. O Houaiss supõe que tenha origem na expressividade do som, aproveitando o fato de que o sufixo “eca” – de meleca, fulustreca – costuma ser pejorativo.

Cidadãos, nunca na história deste país uma medida ousada se fez tão necessária. O Conselho de Eca é a salvação da instituição parlamentar.


Um comentário:

Anônimo disse...

a dias só se fala nesse falcão, livro e documentário. nunca vi mais gordo, não vi, não li, não sei o que acontece. tô me sentindo alienada.