quinta-feira, abril 01, 2004

saiu na folha ontem, na primeira página da ilustrada (a matéria era maior, mas no site só tem essa parte disponível), e eu gostei bastante.
principalmente pq tô lendo bastante baudrillard de uns dias pra cá...


31/03/2004 - 04h26

Espetáculo de Maria Clara Villa-Lobos será apresentado no Brasil
da Folha de S.Paulo

A brasileira que poucos brasileiros conhecem já tem marcada a primeira apresentação de uma das peças de sua trilogia no país. Está confirmada a presença de Maria Clara Villa-Lobos na abertura do evento Mês Dança em Pauta, que começa em 17 de junho no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. A mostra é coordenada pela jornalista Ana Francisca Ponzio.

"Esse espetáculo ['M'], que será apresentado aqui, é um deboche. Tem a ver com o pastiche da mídia, com a fama a qualquer preço, com a imagem superficial. É muito atual e original", diz Ponzio.

Essa criação como crítica da cultura de massa e do consumismo é o fio condutor dos outros "tamanhos" que compõem a trilogia desenvolvida por Villa-Lobos.

Bem-vindo ao "XL", diz o menu em amarelo e vermelho distribuído à platéia do espetáculo criado em 2000. "E aí, o que vai ser hoje?", pergunta a bailarina-garçonete, enquanto oferece Coca-Cola e batata frita. Segundo a criadora, o público costuma interagir e fazer seus pedidos.

"XL" é ambientado no universo dos supermercados e de lanchonetes fast-food. Nasceu como projeto na escola P.A.R.T.S. e reúne bailarinos de cinco lugares diferentes do mundo, do Japão à Finlândia. A terceira parte que completa esse curioso jogo de tamanhos é a peça para crianças "XS" (2002). "O 'XS', algo que pode ser traduzido como 'extra small', nasceu depois de 'XL', 'extra large'. Fomos convidados para fazer uma versão infantil e usamos elementos do universo das crianças", conta.

Segundo Villa-Lobos, apesar de ter pontos em comum, "XS" está mais distante das outras duas. A artista concentra esforços na projeção de "XL" e "M". "Não penso ter alcançado um objetivo melhor em um ou em outro trabalho. Eles tratam, basicamente, do mesmo assunto. 'XL' foi criada em 2000 e expressava o que eu precisava expor naquele momento. Já 'M' está mais conectada com o que sinto agora."

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